Weirdo

Boas! Já tinha algumas saudades de escrever qualquer coisa que não poemas... Espero que esteja tudo bem com vocês. Senão, não se preocupem... A sério. Acredito que nada sabemos mas ao saber isso, de que somos tão vulneráveis, já sabemos algo... E que tudo é um ciclo por isso tomemos isso a nosso favor. Se agora tu, que estás a ler isto estás mal, daqui a uns tempos vais ficar bem. Simples... Não vejo qual é a necessidade de adiar a tristeza, de evitar chorar, faz bem... Simplesmente faz bem. E se tanto estamos bem como mal, não evitamos a felicidade pois não? Até desejamos que ele nunca vá... Mas da mesma forma que encaramos e somos felizes, façamos o mesmo com a tristeza, Tirem partido disso. Chorei, durmam adiando os problemas que só poderão ser resolvidos com o tempo, por aí... Bem, já escrevi alguma coisa! Tenho andado "bem", ou melhor, estou "triste" mas como me submeti à tristeza, estou a dominar "a cena"... Experimentem, a sério. Não evitem. Claro que se surgir a opurtonidade de sair com amigos, saiam... Mas não evitem chorar, gritar, apenas não evitem. Sejam humanos. Ok? Ok... Bem, tenho que fechar as persianas que já se faz quase noite e fazer o meu jantar... Provavelmente rissois com arroz seco... Comam quando estiverem tristes! E valorizem o simples facto de comer... Porque, a mim, comer faz-me feliz! Até à próxima. Abraço sincero!

(Que remédio)

Tranquilidade,
Também a sinto
Aliada a esta sensação.
Não é apenas tristeza,
Nem só angústia,
Sei lá...
Aperta o coração...
Mas a ela me submeto,
Porque não tarda ela vai...
Ou tarda a ir... Ai,
Pensar demais cansa.
Por isso espero
E deixo o tempo passar.
Parvo,
Aquele que diz para ir à luta.
Não.
Também há que saber esperar.
Não é cobardia,
É respeito.
Porque eu nada sou...
A vida manda
E eu
(Que remédio),
Aceito!

Afonso Alves

Tempo de Espera

Atormenta-me este tempo de espera
Sozinho comigo mesmo
Ouço o silêncio
Que nem silêncio é.
Ouve-se sempre um ruído
E na tristeza, perdido,
Desejava ter mais fé.

Sinto-me extremamente crente
No destino... Na sorte...
Vivo porque viver isso implica,
Só estou certo da morte.

É como se cordas tivesse
E me manipulassem, fizessem mexer.
Não que as sinta presas em mim,
Mas assim deve de ser.

O que somos nós,
Se não escravos do incerto?
Falta... Falta que o tempo passe,
Como água falta no deserto.

Afonso Alves